terça-feira, 16 de julho de 2013





“Por meio da fé, Cristo nos é comunicado, através de quem chegamos a Deus, e através de quem usufruímos os benefícios da adoção.” (João Calvino)



“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hb11.1). 


“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11.6).

Conta-se que um famoso equilibrista andou por sobre um cabo de aço estendido sobre dois edifícios muito altos distantes cem metros um do outro. O homem não só atravessou o espaço vazio pelo estrito cabo de aço sozinho, mas voltou pela mesma trajetória empurrando um carrinho de mão com dois sacos de cimento. Os aplausos foram contundentes. Nisso, um dos assistentes mais entusiasmados aproximou-se para cumprimentar o hábil equilibrista. Foi quando o equilibrista pergunta-lhe: “Você acredita que eu sou capaz de atravessar até o outro lado pelo cabo de aço?” A resposta foi um retumbante “não tenha a menor dúvida”. Mas o equilibrista prosseguiu com um convite: “Você poderia sentar-se no carrinho de mão para que o leve até o outro lado?” Apavorado, o homem recuou, balbuciando: “levar Amim? A mim, não!”

Quem crê e Cristo deposita a sua vida inteiramente em suas mãos!

“Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt 10.39).

“Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna” (Jo 12.25).

Agir com fé significa não confiar nos nossos sentidos, mas sim no que Deus nos diz.


"seja o que for que Deus tenha que fazer, inquestionavelmente o fará, se ele o tiver prometido."(João Calvino)

Somos tornados justo pelo sacrificio perfeito de Cristo, pois somente ele e perfeitamente justo. A justiça de Cristo e imputada a nos pela fe. Nao se trata de uma fe, que tambem seria “cooperativa”, mas da fe que nos e concedida por Deus: “Porque pela graca sois salvos, mediante a fe; e isto nao vem de vos; e dom deDeus” (Ef 2.8).

“Felizes, porém, são aqueles, que abraçam o evangelho e firmemente permanecem nele! Porque ele – o evangelho, fora de qualquer dúvida, é a verdade e vida.” (João Calvino)



Humildade





Humildade.

Tiago nos diz que “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tg 4.6; tb. 1 Pe 5.5). Entretanto, ele diz: “Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará” (Tg 4. l0).A humildade é, assim, a atitude certa que se deve ter na oração a Deus, ao passo que o orgulho é totalmente impróprio.

A parábola de Jesus a respeito do fariseu e do publicano ilustra esse princípio. Quando o fariseu levantou-se para orar, foi jactancioso: “Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lc 18.11,12). O publicano, ao contrário, “nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”’ (Lc 18.13). Jesus disse que o publicano “foi para casa justificado diante de Deus”, mas não o fariseu,”pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 18.14). Por meio dessas palavras Jesus condenou os que, ”para disfarçar, fazem longas orações” (Lc 20.47), e os hipócritas que “gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros” (Mt 6.5).

Deus é certamente zeloso de sua própria honra. Portanto, ele não se agrada em responder a orações de orgulhosos que tomam a honra para si mesmos em vez de dá-la a Deus.A verdadeira humildade perante Deus, que também será refletida em humildade genuína perante os outros, é necessária para a oração eficaz.

Breve comentário. 


“E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.” (1João 2.20).


Unção que vem do Santo. “Cristo” significa “Ungido”, em referencia ao ofício ímpar de Jesus como Salvador vindo de Deus. Deus ungiu Jesus diretamente com o Espirito Santo para ser o perfeito Profeta, Sacerdote e Rei.

“como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles. Cristo é o Filho, os anjos são ministros Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo; mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hb 1. 1-9).

Os crentes também têm responsabilidades proféticas, sacerdotais e reais, sendo ungidos com o Espirito Santo para esses deveres.

“Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração” (2Co 1.21-22).

Leia também (1Co 12).

Deus abençoe a todos.





Breve comentário 


“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
(Fp 4.8).


1º Verdadeiro. Tudo que é verdadeiro se encontra em Deus, em Cristo, no Espirito Santo e na Palavra de Deus.

a) Em Deus - “disciplinando com mansidão os que se opõem na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade” (2Tm 2.25).

b) Em Cristo – “se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus” (Ef 4.21).

c) No Espirito Santo – “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.” (Jo 16.13).

d) Na Palavra de Deus – “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

2º Respeitável. O terno grego significa “digno de respeito”. Os cristãos devem meditar em tudo aquilo que é digno de respeito e adoração, ou seja, o sagrado em oposição ao profano.

3º Justo. Diz a respeito do que é certo. O cristão tem de pensar em harmonia com o padrão divino de Deus de santidade.

4º Puro. O que é moralmente limpo e imaculado.

5º Amável. O termo grego quer dizer “agradável” ou “afável”. Por conclusão, os cristãos devem concentrar-se no que é bom e agradável.

6º Boa fama. O que é altamente respeitado ou de boa intenção. Refere-se ao que é, em geral, bem-conceituado no mundo, como bondade, a cortesia e ao respeito pelos outros.

Que Deus abençoe a todos.

Confissão de pecados





Porque a nossa obediência a Deus nunca é perfeita nesta vida, continuamente dependemos do perdão de nossos pecados. A confissão de pecados é necessária a fim de que Deus nos perdoe no sentido de restaurar diariamente o seu relacionamento conosco. 

"e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal" (Mt 6.12).

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça"(1Jo 1 .9).

Quando oramos, é bom confessarmos todos os pecados conhecidos ao Senhor e pedir-lhe perdão. Quando esperamos nele, por vezes ele vai trazer à nossa mente outros pecados que precisam ser confessados. Com respeito aos pecados dos quais não nos lembramos e dos quais não estamos conscientes, é apropriado fazer a oração geral de Davi: “Absolve-me dos [erros] que desconheço” (Si 19.12).

Devemos viver pela esperança, não pelos “sentidos do presente”, lembrando, como Willard sabiamente observa: “ O prazer de satanás é manter os pensamentos dos filhos de Deus voltados para a sua presente condição pecaminosa e lamentável e nela meditando, para que sejam dominados pelo desânimo por se sentirem miserável, mas nós vivemos pela esperança”





A soberania de Deus e a insuficiência do homem.

“Negar a soberania de DEUS é entrar em um caminho que, seguindo até á sua conclusão lógica, leva a manifesto ateísmo” (A.W. Pink).




“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro”? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre" (Sl 121. 1-8).

Esse salmo transmite uma forte mensagem de segurança em quatro estágios de que Deus é socorro e proteção para guarda do mal a nação de Israel e todo aquele que nele crê.

1. Deus como ajudador.

"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra" (v. 1-2).

2. Deus como guardador.

"Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel" (v. 3-4).

3. Deus como protetor.

"O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.
De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua" (v. 5-6).

4. Deus como preservador.

"O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre" (v. 7-8)

Somos totalmente dependentes de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer. É, Ele que nos ajuda a superar os problemas da vida e a adversidade que enfrentamos, é o nosso guarda, como guardou o povo de Israel no deserto assim também nos guarda de dia e de noite, a sua proteção e interrupta, Ele nos preserva em Cristo Jesus, sendo assim ninguém pode nos tomar das suas mãos poderosas. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013


“Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.” (Sl 40.2).

Foi ele que nos tirou desse “poço de perdição, desse tremedal de lama”.
“Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”(Jr 32.3). Não fomos nós que escolhemos sair, Jesus disse: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.40), esse é o estado natural do homem, a questão aqui não é ele não querer vir a Cristo, o homem não pode vir por que está morto “estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2.1). Jesus deixa claro que só irá até ele todo aquele que o Pai enviar “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.44). Jesus ensina que ninguém pode responder positivamente à sua advertência ou seu convite sem a atuação do Pai em guiar o individuo a Jesus. O coração é naturalmente duro e não aceitará o convite de Deus, a menos que uma obra especial da graça de Deus aconteça.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Aliança das Obras

"Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gn 2.17)

“visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3.20-26)

“Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela. Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?,
isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: Quem descerá ao abismo? isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10.5-13)

“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito:
Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Gl 3.10-14)

“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”(Rm 3.23).

Quando Adão e Eva foram criados, entraram num relacionamento moral com Deus, seu Criador. Tinham a responsabilidade de obedecê-lo, sem nenhum direito inerente a recompensa ou bênção por tal obediência. Deus, entretanto, em seu amor, misericórdia e graça, voluntariamente entrou numa aliança com suas criaturas pela qual adicionou à sua lei uma promessa de bênção. Não se tratava de uma aliança entre partes iguais, mas de uma aliança de descansava sobre iniciativa de Deus e sua autoridade divina.

A aliança original entre Deus e a humanidade foi uma aliança de obras. Nesta aliança, Deus exigiu obediência perfeita e total ao seu governo. Prometeu vida eterna com bênção pela obediência, mas ameaçou a humanidade com a morte, caso desobedecessem sua lei. Todos os seres humanos, de Adão até nós, no tempo presente, inevitavelmente são membros dessa aliança. As pessoas podem recusar-se a obedecer ou até mesmo recusar-se a reconhecer a existência  de tal aliança, mas nunca poderão escapar dela. Todo ser humanos se acha em relacionamento de aliança com Deus, seja como violador da aliança ou como guardador da aliança. A aliança das obras é a base da nossa necessidade de  redenção (porque nós a violamos) e nossa esperança de redenção (porque Cristo cumpriu seus termos por nós).

Um único pecado já é suficiente para violar a aliança das obras e nos tornar devedores que não podem pagar a própria dívida para com Deus. O fato de que ainda tenhamos esperança de redenção, mesmo depois de pecar, ainda que seja um único pecado, é devido à graça de Deus e somente à graça de Deus.

As recompensas que recebemos de Deus no céu também são atos de graça. Representam Deus corando seus próprios dons de graça. Se Adão tivesse obedecido a aliança divina das obras, ele teria alcançado o mérito que procede da virtude de cumprir os requisitos da aliança com Deus. Adão caiu em pecado e por isso Deus, em sua misericórdia, acrescentou uma nova aliança com base na graça pela qual a salvação tornou-se possível e disponível.

Somente um ser humano conseguiu guardar a aliança das obras. Essa pessoa foi Jesus. Sua ação, como segundo ou novo Adão, satisfez todos os termos da nossa aliança original com Deus. Seu mérito em alcançar isso está disponível a quem puser sua confiança nele.

Jesus é a primeira pessoa a entrar no céu por suas boas obras. Nós também entramos no céu pelas boas obras - as boas obras de Jesus. Elas se tornam "nossas" boas obras quando nós recebemos Cristo pela fé. Quando depositamos nossa fé em Cristo, Deus credita as boas obras dele em nossa conta. A aliança da graça cumpre a aliança das obras porque Deus graciosamente aplica o mérito de Cristo em nossa conta. Desta maneira, pela graça satisfazemos os  termos estabelecidos na aliança das obras.


Deus abençoe.