quarta-feira, 16 de janeiro de 2013



Deus condena toda idolatria 






As Escrituras condenam toda idolatria como má. Os ídolos são ridicularizados como entidades ilusórias.

"Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens.
Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem;
têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam;
som nenhum lhes sai da garganta" (Sl 115.4-7).

"Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos. Quem formaria um deus ou fundiria uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus seguidores ficariam confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos e se apresentem, espantem-se e sejam, à uma, envergonhados.
O ferreiro faz o machado, trabalha nas brasas, forma um ídolo a martelo e forja-o com a força do seu braço; ele tem fome, e a sua força falta, não bebe água e desfalece. O artífice em madeira estende o cordel e, com o lápis, esboça uma imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e faz à semelhança e beleza de um homem, que possa morar em uma casa. Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores do bosque; planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. Tais árvores servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira se aquenta e coze o pão; e também faz um deus e se prostra diante dele, esculpe uma imagem e se ajoelha diante dela. Metade queima no fogo e com ela coze a carne para comer; assa-a e farta-se; também se aquenta e diz: Ah! Já me aquento, contemplo a luz. Então, do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque se lhes grudaram os olhos, para que não vejam, e o seu coração já não pode entender. Nenhum deles cai em si, já não há conhecimento nem compreensão para dizer: Metade queimei e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ia eu diante de um pedaço de árvore? Tal homem se apascenta de cinza; o seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio?" (Is 44.9-20)

Mas, não obstante, escravizam seus cultuadores em cega superstição.
" Tal homem se apascenta de cinza; o seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio?" (Is 44.20).

Paulo acrescenta que os demônios operam através dos ídolos, fazendo deles uma ameaça espiritual.

"No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele" (1Co 8.4-6).

"Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (1Co 10. 19-21).

As advertências bíblicas contra a idolatria devem ser levadas a sério na cultura ocidental pós-cristã, que está disposta a preencher o vácuo espiritual que o povo sente abraçando o sincretismo religioso, a bruxaria e experimentos com o ocultismo.

"Portanto, meus amados, fugi da idolatria" (1Co 10.14).

"Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.
Cristo é verdadeiro Deus e deve ser adorado
Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1Jo 5.19-21).


 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


O SINCRETISMO RELIGIOSO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS





Sincretismo é a fusão ou mistura de religiões ou filosofias estranhas, ou seja, é o processo pelo qual aspectos de uma religião são assimilados ou misturados com outra, levando a mudanças fundamentais em ambas. 

O Dr. R. C. Sproul nos revela que este é um problema antigo: 

No Antigo Testamento, Deus esta profundamente preocupado com a pressão e a tentação do sincretismo. Enquanto o povo de Israel se movia em direção à Terra Prometida, foi confrontados com religiões pagãs. Os deuses cananeus, Baal e Aserá, tornaram-se objetos da devoção dos israelitas. Posteriormente, o povo de Deus adorou os deuses nacionais da Assíria e Babilônia. A Lei de Deus advertia claramente a Israel não somente contra abandonar o Senhor Deus por outros deuses, mas também contra adorar deuses juntamente com o verdadeiro Deus. Os profetas advertiam quanto aos juízos que viriam porque o povo modificava sua fé para acomodar doutrinas e práticas estrangeiras. (R. C. Sproul, 3º Caderno).
Embora haja um único Deus e uma só verdadeira fé, como ensina a Bíblia, o mundo apóstata (Rm 1.18-25) tem estado sempre repleto de religiões. Desde longa data o mundo insiste em praticar o sincretismo (assimilação de crenças e práticas de uma religião por parte de outra), prática esta que existe ainda hoje. Na verdade, essa prática tem revivido em nosso tempo por meio de renovadas tentativas de unir todas as religiões e através de persistente amálgama (Mistura de elementos diversos que contribuem para formar um todo) de idéias orientais e ocidentais que surgem e alcançam popularidade.
A pressão em favor da transgênica não é nova. Depois de entrar em Caanã, Israel foi constantemente tentado a absorver, no culto ao Senhor, o culto aos deuses e deusas cananéias da fertilidade e também a fazer imagens do próprio Senhor - ambas as práticas proibidas na lei (Êx 20. 3-6).
A questão espiritual em pauta era se Israel se lembraria de que o Deus da aliança lhes era todo - suficiente e de que Deus revindicaria exclusividade lealdade do povo, tornando o culto a outros deuses um adultério espiritual (Jr 3; Ez 16; Os 2). Nesse teste, a nação foi reprovada com freqüência.     

E que perdurou no tempo do Novo Testamento: 


O período do Novo Testamento foi marcado por um sincretismo difuso. À medida que o Império Grego se expandia, seus deuses se mesclavam com os deuses nativos das nações conquistadas. O Império Romano também era receptivo a toda sorte de cultos e religiões místicas. O cristianismo não ficou incólume. Os pais da Igreja não só difundiram o evangelho, mas também lutaram para proteger sua integridade. O maniqueísmo (filosofia dualística que via o físico como sendo mau) insinuou-se em algumas doutrinas. O docetismo (ensino que negava que Jesus tinha um corpo físico) foi um problema mesmo enquanto o Novo Testamento estava sendo escrito. Muitas formas de neoplatonismo fizeram um esforço consciente para combinar os elementos da religião cristã com a filosofia platônica e o dualismo oriental. A história dos credos cristãos é a história do povo de Deus buscando separar-se das tramas das religiões e filosofias pagãs. Todas as gerações de cristãos enfrentam a tentação do sincretismo. (Idem)


Assim como nos dias hodiernos: 


A igreja hoje ainda enfrenta o mesmo problema. Filosofias não-cristãs, como o marxismo ou o existencialismo buscam o poder do cristianismo enquanto renunciam àquilo que é unicamente cristão. O sincretismo continua sendo poderosa ferramenta para separar Deus de seu povo. (Idem).



O Dr. Nicodemus demonstra o problema no Brasil falando sobre o misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados, ele revela o seguinte: 


O Catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afrobrasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma brasileira: milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria, objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso, entre setores evangélicos, do uso de copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas,pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupa de entes queridos, oração no monte, no vale; óleos de oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... é infindável e sem limites a imaginação dos líderes e a credulidade do povo. Esse fenômeno só pode ser explicado, ao meu ver, por um gosto intrínseco pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos. (A. Nicodemus Lopes, p.25)


Significa dizer que a religião evangélica brasileira só pode ser compreendida a partir de uma avaliação das suas raízes originais da colonização européia e sua mistura com os povos indígenas. A sua primeira fusão ocorre entre o Catolicismo Português e a religião indígena presente no Brasil pré-descobrimento, com suas crenças e superstições, para depois unirem-se a mística umbandista dos negros escravos trazidos da África (Hahn, Carl Joseph p. 19). O resultado da união dessas três matizes é um povo extremamente supersticioso e espiritualista, com alma profundamente mística. Dessa forma o povo brasileiro tem sua formação religiosa oriunda de uma fusão de religiões. 
Um estudo mais profundo dos evangélicos brasileiros pode facilmente identificar traços de catolicismo medieval (indulgências, simonias, mediação de homens...) e dos cultos africanos e indígenas (danças, recebimento de espíritos, poções para banho, amuletos...). 

Modernamente há uma mistura geral dessas crenças antigas com os cultos pagãos de adivinhadores e prognosticadores, algo que foi proibido pela Igreja Primitiva e pela Palavra (Dt. 18.10-14; Mc. 5.12). Por exemplo, no segundo século começam a ocorrer as primeiras heresias na igreja primitiva, no ano 150, aproximadamente, um movimento chamado Montanismo aparece no cenário e foi considerado como heresia pelos Pais Apostólicos. O historiador Dr. Alderi Souza de Matos diz o seguinte sobre esta seita: 


Movimento de natureza carismática ou entusiástica — o primeiro da história da Igreja — surgido na Frigia, Ásia Menor, pouco após a metade do século II. Seus líderes eram Montano, um cristão que alegava ser o instrumento do Paráclito (o Espírito Santo), e duas profetizas, Priscila e Maximila. Denominado "Nova Profecia" por seus adeptos, o movimento visava preparar o caminho para a iminente volta de Cristo e o milênio. A Igreja devia ter uma vida moral rigorosa e sofrer o martírio. Por entenderem que eram dirigidos diretamente pelo Espírito, os montanistas se inclinavam a desprezar a Igreja institucional, atraindo a oposição dos seus líderes. Sob pressão intensa, o movimento sobreviveu no norte da África até o século V e na Frigia até o VI. (Matos, p.40).



Significa, então, dizer que o movimento foi visto como herético pelos discípulos dos apóstolos, ou seja, a Igreja Verdadeira! Isso porque ainda era a segunda geração, possivelmente os filhos dos apóstolos e das testemunhas do Cristo homem estavam vivos, pois estava muito próximo da ascensão de Jesus, apenas a segunda ou terceira geração. Portanto, se os Pais apostólicos não aceitaram o aparecimento de um homem que se dizia falar pelo Paráclito Eterno - O Espírito Santo de Deus – e as duas mulheres que “profetizavam” no culto, porque hoje existem tantas pessoas fazendo isso? Justamente porque ocorreu a mesmíssima coisa na Rua Azusa em Los Angeles, Califórnia. Um pastor afro-americano filhos de escravos chamado William Joseph Seymour que no dia 14 de Abril de 1906 em um prédio que pertencia a Igreja Metodista Episcopal Africana recebeu o Espírito Santo com todo o seu poder e a partir daí todos começaram a buscar este batismo. 

A grande pergunta é: Se a Igreja Primitiva não aceitou o movimento carismático no segundo século, por que o da rua Azuza foi aceito no início do século passado? 
Primeiro quero deixar claro que nada tenho a dizer sobre o Rev. Seymour, segundo relatos da época homem ilibado e correto. A minha queixa é contra a falta de senso histórico; o esquecimento do passado; o não abandono das religiões pagãs para seguir o cristianismo autêntico; o desejo pelas religiões místicas que falam do oculto e sobre o futuro; o abandono das Escrituras para preferir as “profecias” dos homens e a falta de conhecimento bíblico daqueles que transformaram o que ocorreu na Rua Azuza em algo muito mais parecido com o candomblé e o espiritismo do que parecido com o derramamento do Espírito da Escritura (At. 2.1-41). 

Vindo para os dias de hoje no Brasil, é impressionante como há uma fusão; centros espíritas, cultos afros, igrejas pentecostais, neo-pentecostais e católicas carismáticas, são tão parecidas que seus cultos têm os mesmos elementos. Em todas há músicas (em alguns as mesmas), há danças no espírito, momentos de revelação e o falar em mistérios, isso sem falar das correntes e campanhas que servem para obtenção do favor de Deus . 
O que é isso, senão sincretismo?! 
Uma pena que muitos estejam cegos para ver. 

E olhe que eu nem falei das correntes filosóficas! 
Que Deus nos ajude. 

Bibliografia: 
Alderi Souza de Matos, Fundamentos da Teologia Histórica, Ed. Mundo Cristão, 2008. 
Bíblia de estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã.
Augustus Nicodemos Lopes, O que Estão Fazendo com a Igreja, Ed. Mundo Cristão. 
Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, São Paulo, ASTE, 1989. 
R. C. Sproul, 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã, Editora Cultura Cristã, Apud.http://sites.google.com/site/estudosbiblicossolascriptura/Home/10a-vida-crista/10-a-vida-crista---pagina-02.